quarta-feira, 15 de julho de 2009

Poesia

Sinto falta de escrever,
mas nesses dias onde tantos sentimentos gritam aqui dentro
a mulher, a mãe, a amante
me confundem, se misturam, entontecem.
Roubam a cena, escondem as palavras.
A dor nem sempre é poesia
o amor nem sempre fantasia
a vaidade nem sempre euforia.
As mãos param, convidam o pensamento
as emoções
Nada obedece.
Todos os termos, sentenças, detalhes
não acompanham a finura dos dedos.
Eles desejam transpor o que sentem nos poros
porém,
não encontram as formas, as linhas, o caminho.
A poesia não acha as palavras.
A mulher quer abrigo.
A mãe quer respostas.
A amante quer dormir.